segunda-feira, 22 de março de 2021

História: A outra face dos Templários

Em 1129, a ordem recebeu aprovação do papa no Concílio de Troyes. Em 1139, veio a consagração definitiva: uma nova bula papal isentava os templários da obediência às leis locais. Eles ficariam submetidos, dali em diante, somente ao sumo pontífice. Os Cavaleiros do Templo admitiam excomungados em suas igrejas (o que era uma senhora blasfêmia para a mentalidade religiosa da época). Certa vez, um grupo de templários interrompeu, entre risos e com uma revoada de flechas, uma missa na Basílica de Jerusalém. O padre era de outra ordem, a dos Hospitalários, e entre as duas havia uma rixa histórica. “Apesar da bravura reconhecida, os templários muitas vezes foram censurados por seu orgulho e arrogância”.
Os Cavaleiros do Templo, também, eram proibidos de se confessar a outros que não fossem os capelães templários. Igualmente, o livro da Regra – que tinha sido escrita por ninguém menos que são Bernardo de Claraval – era restrito ao alto escalão da ordem .

Porém, entre cochichos, se especulava que a Regra continha artigos secretos cifrados, cuja interpretação dava posse de conhecimentos esotéricos, como a fonte da juventude ou a transmutação de metais. Com o crescimento da ordem, os templários não pararam mais de receber doações, e em pouco tempo estavam administrando uma gigantesca fortuna espalhada por toda a Europa, composta de peças de ouro, prata, castelos, fortalezas, moinhos, videiras, pastos e terras aráveis. O grupo emitia cartas de crédito: o peregrino à Terra Santa depositava uma determinada soma na Europa, que podia ser resgatada quando chegasse a Jerusalém. “O Templo de Londres foi chamado de precursor medieval do Banco da Inglaterra”, escreve o historiador britânico Edward Burman.

Enquanto os templários seguraram as pontas na Palestina, todos fizeram vista grossa aos seus desmandos. Porém, quando o jogo na Terra Santa virou, e os muçulmanos gradualmente reconquistaram a região – processo que culminou com a expulsão dos cristãos do solo sagrado em 1303.

Fonte/Créditos/Reprodução/Créditos Foto: Nefesh, do conhecimento ao saber

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